quinta-feira, 6 de março de 2008

A beira do Abismo



De que me importa a vida

Se de viver morrerei...


De que me importa a vida

De hoje em diante

Não verei, mas, um suicida

Como pura loucura pulsante


No submundo do subconsciente

Existem hipócritas, que te alucinam

Corrompem sua mente

A se drogar, te ensinam


Será mesmo sua mente?

Será que não é a corrupção?

Um fantasma persistente?

E para mal te da a mão?


Como pensar no amanhã

Se hoje não posso viver

A mãe que de um filho apanha

Esta acostumada a perecer


Apodrecer

Aos poucos, falecer

Não à viver, não para perder

Não para se corromper

Maria quer morrer!


Mulata sem dinheiro

Senhora sem sorte

De janeiro á janeiro

Firme no seu corte


Cana boa, cana doce

A quem degusta

Quem dera se assim fosse

O real trabalho, se ofusca


Estamos rindo a toa

Do sofrimento e solidão

De certa pessoa

Mesma ajuda em vão


Viramos o rosto

Para nossa própria sociedade

Como me sinto tosco

De não agir com humildade


É assim nossa vida

Será pessoa amiga

A quem podemos confiar


Para não sermos mais um suicida

Dos abutres a comida

E dos noticiários mais um jantar...


Autor: Sérgio Farias

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Frente a Frente ao Extermínio


Em quentes braços de amor, sentia uma intensa dor.

Dor essa que, pensava não suportar,

Ao me deparar

Com um tolo e simples adeus, ansiava o primeiro perecer.

Mas isso não aconteceu

E minha mãe eu vi morrer.

Todo isolamento dentre nós irmãos se juntou.

Onde amargura nunca pisou.

Exuberante e belo mundo

De músicos e poetas,

Arrastastando o preto e branco profundo

Encantadora meta

Da pequenina lagarta

A dançarina seleta


Penso eu ao dia de minha morte

Não tenho medo, mas não falo que sorte!

Creio que igual minha mãe serei


Na doença bem forte

Mesmo que não a porte

Sorriso singelo de felicidade. Demonstrarei...


Autor: Sérgio Farias

Andarilho


Acreditem no que lhes digo;
Sou um velho amigo;
E voltei para ficar;

Se não me queres eu sigo;
Mais levo comigo;
O perdão pra Perdoar.

Autor: Sérgio Farias

Desprezo ao meio dia


Sempre me chamavam de feio.

Sempre me humilhavam e cortavam minhas asas.

Sempre me agrediam até um valeiro imundo.

Sempre me matavam com suas risadas.

Sempre tive amigos hipócritas.

O lúbrico método da ação mórbida.

Aumentava a ignorância desses seres.

Gostaria de saber como me tornar o máximo pequenino e imperceptível possível,

não quero confronto, quero um ponto. Basta. Não é bem assim.


Hoje enfim,

Suas vozes me atormentam.

Deveria tê-los amados, assim.

Minha cabeça freqüentam.


Porque, quem sabe estariam vivos,

Quem sabe eu estaria vivo. Hoje eu vejo o poder do amor.

Me sinto culpado por toda dor.

Adorei vê-los na agonia da extenuação, pena não posso dar a mão.

Aos únicos amigos que tive do coração.

Autor: Sérgio Farias

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Guerra Fria


Chama-se guerra fria

Americanos e Soviéticos

Uma luta sombria

De poderes poéticos


Guerra essa

Que não acabou

Peço que meça

O que virou


Litros de sangue jorrados

Mentira?

Quantos do poder são cortados?

Despertar certa ira


Ao nosso mundo irregular

Inferior e fraco

Só bastava acompanhar

As potencias de fato


Quanto se deve a eles

Quem sabe nossas vidas

Já que são deles

Todas nossas feridas


Não, não é piedoso

Quanto miraculoso

Divina Suicida


Vejo um religioso

No fundo do poço

Com fé já vencida..!!!


Autor: Sérgio Farias

Bushido


"Não tenho pais, faço do céu e da terra meus pais ;
Não tenho lar, faço do saika tandem meu lar;
Não tenho poder divino, faço da honestidade meu poder;
Não tenho meios, faço da docilidade meus meios;
Não tenho poder mágico, faço da personalidade minha magia;
Não tenho vida nem morte, faço do om minha vida e minha morte;
Não tenho corpo, faço da fortaleza meu corpo;
Não tenho olhos, faço do relâmpago meus olhos;
Não tenho ouvidos, faço da sensibilidade meus ouvidos;
Não tenho membros, faço da prontidão meus membros;
Não tenho leis, faço da autoproteção minha lei;
Não tenho estratégias, faço da liberdade de matar e ressuscitar minha estratégia;
Não tenho forma, faço da astúcia minha forma;
Não tenho milagres, faço da justiça meus milagres;
Não tenho princípios, faço da adaptabilidade meus princípios;
Não tenho táticas, faço da rapidez minha tática;
Não tenho amigos, faça da minha mente meu amigo;
Não tenho inimigos, faço da imprudência meu inimigo;
Não tenho armaduras, faço da benevolência minha armadura;
Não tenho castelo, faço da mente inamovível meu castelo;
Não tenho espada, faço do sonho de minha mente minha espada."

"Código de Honra dos Samurais"