quinta-feira, 6 de março de 2008

A beira do Abismo



De que me importa a vida

Se de viver morrerei...


De que me importa a vida

De hoje em diante

Não verei, mas, um suicida

Como pura loucura pulsante


No submundo do subconsciente

Existem hipócritas, que te alucinam

Corrompem sua mente

A se drogar, te ensinam


Será mesmo sua mente?

Será que não é a corrupção?

Um fantasma persistente?

E para mal te da a mão?


Como pensar no amanhã

Se hoje não posso viver

A mãe que de um filho apanha

Esta acostumada a perecer


Apodrecer

Aos poucos, falecer

Não à viver, não para perder

Não para se corromper

Maria quer morrer!


Mulata sem dinheiro

Senhora sem sorte

De janeiro á janeiro

Firme no seu corte


Cana boa, cana doce

A quem degusta

Quem dera se assim fosse

O real trabalho, se ofusca


Estamos rindo a toa

Do sofrimento e solidão

De certa pessoa

Mesma ajuda em vão


Viramos o rosto

Para nossa própria sociedade

Como me sinto tosco

De não agir com humildade


É assim nossa vida

Será pessoa amiga

A quem podemos confiar


Para não sermos mais um suicida

Dos abutres a comida

E dos noticiários mais um jantar...


Autor: Sérgio Farias