
De que me importa a vida
Se de viver morrerei...
De que me importa a vida
De hoje em diante
Não verei, mas, um suicida
Como pura loucura pulsante
No submundo do subconsciente
Existem hipócritas, que te alucinam
Corrompem sua mente
A se drogar, te ensinam
Será mesmo sua mente?
Será que não é a corrupção?
Um fantasma persistente?
E para mal te da a mão?
Como pensar no amanhã
Se hoje não posso viver
A mãe que de um filho apanha
Esta acostumada a perecer
Apodrecer
Aos poucos, falecer
Não à viver, não para perder
Não para se corromper
Maria quer morrer!
Mulata sem dinheiro
Senhora sem sorte
De janeiro á janeiro
Firme no seu corte
Cana boa, cana doce
A quem degusta
Quem dera se assim fosse
O real trabalho, se ofusca
Estamos rindo a toa
Do sofrimento e solidão
De certa pessoa
Mesma ajuda em vão
Viramos o rosto
Para nossa própria sociedade
Como me sinto tosco
De não agir com humildade
É assim nossa vida
Será pessoa amiga
A quem podemos confiar
Para não sermos mais um suicida
Dos abutres a comida
E dos noticiários mais um jantar...
Autor: Sérgio Farias